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Construção virtual: Essa nova maneira de trabalhar não é o futuro, é a realidade!

Nesse começo empreendedor, tenho visitado bastantes empresas e uma pergunta é recorrente:

O que tem de novo na proposta da SYN, quando falamos em projetos técnicos de engenharia?

Essa questão tem oferecido uma grande oportunidade para apresentarmos nossa empresa a partir do método de trabalho que empregamos. Resolvi, então, escrever esse artigo para ampliar o alcance da nossa proposta. Esse artigo será menos formal, com um pouco de publicidade, porque os exemplos serão extraídos de casos avaliados pela nossa equipe, mas tenho certeza que ao final desse texto o leitor terá recebido conhecimento prático sobre BIM. Boa leitura!


Vamos iniciar estabelecendo o que é um projeto técnico (leia na integra o artigo Projetos de Engenharia e Arquitetura). Quando estamos falando de projetos técnicos, estamos fazendo referencia a uma forma de entrega de informações através de desenhos, seguindo um critério gráfico padronizado e conhecido. Existem inclusive, pelo mundo, normas técnicas publicadas para regular o formato dessas entregas. Aqui no Brasil nossas referencias são mantidas pelas publicações da ABNT, como o caso da NBR 6.492, que trata das representações dos desenhos da arquitetura, ou da NBR 8.403, que normatiza a aplicação de linhas em desenhos. Nesses desenhos nós encontramos informações suficientes e necessárias para instrução da atividade executiva, além dos dados importantes para que outros setores (Ex., departamento de suprimentos) possam realizar suas tarefas como cotações e aquisições de insumos, etc. Existem, também, outros documentos que poderão acompanhar essa representação gráfica e são bem úteis para que a informação possa ser utilizada integralmente.


Estabelecida a compreensão sobre projetos técnicos, agora eu posso responder a pergunta inicial: o que temos de diferente na nossa proposta? Bem, na SYN, essa entrega não foge as práticas tradicionais do mercado, exceto por um detalhe: a construção virtual. Isso oferece grandes vantagens para o usuário de projetos técnicos, uma vez que a representação gráfica tradicional teve origem num protótipo do resultado que deverá ser alcançado pelo profissional da construção no fim da sua atividade executiva, garantindo maior confiabilidade à instrução que ele recebeu através desse projeto impresso (versão que está limitada a uma representação bidimensional).


Vamos ver isso num exemplo? As imagens a seguir foram extraídas de um projeto técnico do sistema de esgotamento hídrico, geralmente tratado como Projeto Sanitário.


A figura 01 foi desenvolvida sem o recurso da construção virtual, sendo que a representação que veremos é aquela que é entregue em obra.


Figura 01 – Representação da instalação

Fonte: Cedida à SYN fábrica de projetos por cliente.


Geralmente esses desenhos são acompanhados de outro desenho para detalhar a instrução, o que amplia a escala, sendo possível incorporar outras informações como inclinação, cotas de afastamento e diâmetros da tubulação. Isso esta indicado pela figura 02.


Figura 02 – Detalhe da Instalação

Fonte: Cedida à SYN fábrica de projetos por cliente.


Essa é a representação técnica mais comum, para instalação desse sistema. Isso servirá como instrução da tarefa que o encanador deverá implementar na construção. Nesse caso todo desenho foi expresso como projeção do sistema real e o nível de detalhe dessa projeção depende especialmente do poder de abstração do projetista. Não há demérito nisso, contudo, é uma forma de produção menos imediata, pois o projetista precisa representar em apenas duas dimensões, sua abstração da realidade no espaço. É necessário imaginar para depois representar em vistas horizontais e verticais, o resultado que deverá ser alcançado na produção. Ok, isso funciona muito bem, contudo quando lidamos com escalas maiores, isso produz grandes distorções e fica mais complicado imaginar todo o comportamento do sistema, no espaço.


Na sequência, vamos avaliar a figura 03. Nela encontramos a representação gráfica tradicional, mas que foi extraída do modelo construído virtualmente.


Figura 03 – Representação da instalação

Fonte: SYN Fábrica de Projetos (2017).


Se observarmos as imagens, especialmente as figuras 01 e 03, elas não apresentam grandes diferenças, contudo há grande distinção dos seus métodos de produção. No primeiro caso o projetista precisou “imaginar” como o sistema ficaria depois de pronto e representou isso no plano de desenho. No segundo caso o projetista realizou uma construção do sistema virtualmente, e depois disso, extraiu projeções bidimensionais que atendem as normas especificas do desenho técnico. Nos dois casos a competência técnica do profissional de projetos é fundamental, contudo, quando empregamos a prototipagem, o projetista pode otimizar seu tempo de trabalho e dedicar mais atenção às praticas que aumentam a competitividade do processo de execução. Ele pode simular a construção de sistemas mais econômicos ou de montagem mais ágil, afetando dessa forma a curva de custo dos insumos e especialmente o tempo de mobilização do profissional de execução, nesse nosso exemplo, o encanador. Para ilustrar a construção virtual, observaremos a figura 04.


Figura 04 – Construção virtual do sistema

Fonte: SYN Fábrica de Projetos (2017).


Por uma questão prática, recorremos a uma representação estática, mas vale lembrar que esses modelos são dinâmicos, permitindo ao usuário caminhar através do protótipo virtual e experimentar diversos ângulos de visão. A figura 05 traz outra perspectiva, agora incorporando elementos da estrutura e arquitetura, simulando a visão que teríamos ao olhar a instalação, abaixo da laje do banheiro.


Figura 05 – Construção virtual do sistema

Fonte: SYN Fábrica de Projetos (2017).


Todas essas imagens são referentes ao mesmo sistema de coleta de esgoto, num banheiro de um edifício residencial avaliado pela SYN. A proposta aqui foi expressar como a construção virtual amplia as possibilidades do projetista.


Vamos agora à figura 06 (cópia da figura 04), para exemplificar parte do poder do modelo virtual.


Figura 06 – Construção virtual do sistema

Fonte: SYN Fábrica de Projetos (2017).


Observe a indicação. O projeto original possuía uma inconsistência que, preservando a fonte, foi representada na construção virtual (isso é o que chamamos de clash – pontos que são tratados no processo de coordenação dos desenhos técnicos). Em obra isso geralmente é resolvido pelo encanador, com apoio do mestre de obra, ou até mesmo do profissional residente, contudo, compromete o tempo desses profissionais, o tempo da própria atividade e também consome mais insumo que o previsto inicialmente. Na construção virtual, isso é resolvido na fase de desenvolvimento do projeto técnico, não chegando à obra esse tipo de questão.


Feito essas declarações, é necessário registrar um comentário importante: não podemos concluir que métodos de produção que não utilizam a construção virtual não tenham qualidade. Apenas demandam muito mais tempo e capacidade de abstração. Isso serviu em outro contexto econômico, porém atualmente, precisamos aproveitar melhor a capacidade intelectual do profissional, então o emprego de técnicas como a citada nesse artigo vem contribuindo muito para o melhor desempenho da equipe, ampliando muito a capacidade do projeto técnico entregar informação adequada à atividade de produção, reduzindo retrabalho, interrupções, entre tantos outros problemas que compõe o folclore da dificuldade de operação no ciclo da execução.


Até mais!


Deixe seu comentário, ele é muito importante para nós! Dúvidas, esclarecimentos, questionamentos, enfim, fique a vontade! Obrigado e até o próximo artigo!


Autor

Equipe SYN


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